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sábado, 26 de dezembro de 2015

ARTIGOS



Janeiro de 2015 - Lindo texto

No Antigo Testamento, temos o exemplo de Jó, até fizemos a leitura orante desse livro durante o programa de rádio Experiência de Deus. Ele tinha tudo para ser pessimista, mas firmou sua confiança e esperança em Deus e soube passar pelas provações. Cabe a nós termos confiança redobrada, pois, em relação a Jó, possuímos a vantagem de conhecer o amor de Deus revelado em Jesus Cristo, nosso intercessor perante o Pai. É preciso crer na Sua Palavra: “No mundo, tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33).
É possível vencer na vida com dedicação e coragem. Não se acomode com medo de tentar. O pessimismo pode ser um tipo de defesa para não encarar a decepção. Há que se lutar contra a tendência de acreditar no pior e esperar por ele.
Façamos uso daquilo que o Senhor nos quer dar, a paz e a serenidade para carregarmos a cruz de cada dia. Ele não nos prometeu que não teríamos sofrimentos, sim que estaria ao nosso lado no momento de enfrentá-los. Temos a nosso favor a ação do Espírito Santo, que nos concedeu dons e estimula em nós virtudes e sentimentos como fé, amor, força, convicção e perseverança. Conforme nos diz São Paulo, Apóstolo: “O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!” (Rm 15, 13).
Quando existe a fé verdadeira, não há lugar para incertezas. Todos os dias somos chamados a reagir de diferentes modos diante das dificuldades, e o Senhor está a garantir: “Basta-te minha Graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força” (2 Cor 12, 9a).


23/12/2015 -Filhos e filhas,

Muitas pessoas costumam dizer que o Natal é sempre igual, mas discordo. Embora o verdadeiro sentido da festa natalina nunca mude, a cada ano nos é oferecida uma nova oportunidade de aprimorar nossa resposta ao amor infinito de Deus.

A alegria é uma particularidade dessa festa, um grande júbilo pelo imenso dom que significa para a humanidade a encarnação do Filho de Deus. No Natal, céu e terra se encontram no nascimento do Menino Jesus e se tornam muito próximos, como um dia já foram e certamente voltarão a ser.
Uma vez ao ano, Deus fica tão próximo do homem que o coração de ambos bate na mesma frequência. E nós, que fomos feitos à sua imagem, temos a possibilidade de, no Natal, deixar aflorar a melhor parte de nós mesmos. O eterno no humano nos faz mais dóceis. Deus permite à humanidade viver o melhor que existe dentro de cada pessoa.
O grande apelo do Natal é que saibamos aproveitar esse momento. Ou seja, esforçarmo-nos para trazer à tona aquilo que temos de mais belo, o pedaço de Deus em nós, sendo mais fortes que nossas amarguras e nossos dissabores.
Mesmo quando tudo conspira para nos tornarmos rancorosos, o coração de Deus que bate em nós é capaz de bombear a graça da eternidade e nos transformar. O grande presente que podemos dar em retribuição ao Pai é nosso coração renovado.
A presença do Menino Deus, humilde criança na simplicidade da manjedoura, desafia nosso orgulho e desarma nossas resistências. O menino que nasce nos convida a descobrir o sentido da paz, da harmonia, da solidariedade, da tolerância e do convívio fraterno entre todos. Ele vem para nos salvar e trazer a verdadeira paz.
O Natal é de Jesus, mas todos nós somos convidados a dizer, como Maria, o nosso “sim” e sermos artífices dessa comemoração. Juntemo-nos no Presépio a José e Maria, bem como aos pastores, aos animais e aos anjos – céu e terra, divino e humano – num silêncio reverente e adorador.
Celebrar o Natal, festa da ternura de Deus pela humanidade, é, antes de tudo, reconhecer seu imenso amor que caminha conosco.
Problemas e dificuldades todos nós enfrentamos, mas não podemos deixar que a tristeza e os ressentimentos nos transformem em pessoas amargas. Perder a alegria é perder a esperança. Quem vive na presença de Deus, não guarda mágoas e tristezas.
Quando o Anjo fez a anunciação à Virgem Maria, disse “Ave Cheia de Graça” (Lc 1, 28a), cujo significado é “alegra-te cheia de graça”. Então, a presença do Emanuel, o Deus conosco, restabelece a alegria que porventura tenhamos perdido.
Com a proximidade do Natal, as pessoas se tornam mais solidárias; existe um clima diferente no ar. Essa época faz ressuscitar em nós um desejo do verdadeiro, do bem, sentimentos que vêm de Deus. Sim, o mundo se ilumina porque os homens recebem uma graça especial, um presente de Deus. É ele quem nos dá esse tempo de humanização, ou seja, a aquisição ou a assimilação de características humanas positivas.
Desejo a vocês um santo e feliz Natal!
Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti



A interioridade se revela em nossos trajes

Segundo Marshall McLuhan, que considera nossas invenções como extensões de nosso ser, a roupa que usamos é uma extensão de nossa pele. Observando de outro ângulo, percebemos que é também a extensão de nossa interioridade. Assim sendo, cabe-nos algumas perguntas: Estamos cientes e confortáveis com o nosso modo de apresentar-nos? O nosso pensar, falar, agir, bem como nossos trajes revelam em que acreditamos, a quem seguimos e o que desejamos expressar? Ou apenas seguimos a moda, sem um senso crítico, sem nos preocupar com as implicações que possam ter? Quem nos vê, é levado a perceber a presença de Deus em nós? Quem participa de nossas conversas, interage conosco, consegue perceber que somos cristãos? Nosso modo de apresentar-nos, de trajar-nos impõem respeito, dignidade, fazem diferença em nosso lar, escola, local de trabalho e em outros grupos sociais?
         São Paulo, escrevendo aos Colossenses, aconselha: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Colossenses 3.12).
Acrescento: Revistamo-nos de virtudes e da graça de Deus! Tenhamos uma vida digna, como seguidores de Cristo! Busquemos uma vida enriquecida pela oração, pela leitura da Palavra de Deus, pelos Sacramentos. Assim, nossa presença no mundo torna-se um sinal mais compreensível, um canal por onde a luz de Deus passa. Acredito que nosso contato diário com Cristo, em muitos momentos, vai nos tornando mais semelhantes a Ele, no modo de pensar, de julgar, de amar e de apresentar-nos como Sinal Sagrado para o mundo. Somos instrumentos nas mãos de Deus e continuadores da missão de Jesus Cristo. Deus faz maravilhas em nós, é Ele quem age, mas respeita nossa liberdade de colaborar.

Ir. Zuleides M. de Andrade, ASCJ
Comunicação para a pastoral